Santa Maria pode, sim, eleger mais deputados. Veja por quê!

Claudemir Pereira

Santa Maria pode, sim, eleger mais deputados. Veja por quê!

Foto: Nathália Schneider (Arquivo Diário)

Rememorando. Em 2018, conhecidos os resultados do pleito, Santa Maria foi dormir naquele domingo, 7 de outubro, com três deputados eleitos e um suplente (mais ou menos) bem situado. Confirmados, os petistas Paulo Pimenta (federal) e Valdeci Oliveira (estadual) e o novista Giuseppe Riesgo (estadual). Na suplência, e se tornaria deputado efetivo na Assembleia só três anos depois, o emedebista Roberto Fantinel, recém-chegado da Quarta Colônia, onde tem origem política e pessoal.

Sem querer desprestigiar quem quer que seja, passados quatro anos, há duas diferenças fundamentais a ser devidamente anotadas. E que podem levar a supor que, além da manutenção do atual grupo, possam ser colhidas quem sabe uma, duas ou mais “surpresas”. Repetindo e aumentando a que já se viu no pleito anterior, com a assunção de Riesgo, que então, pode-se confessar, poucos (noves fora o próprio, sua família e apoiadores mais próximos) acreditavam que se elegesse.

É improvável, claro, que se tenha o mesmo desempenho dos anos 80, em que a cidade chegou a contar com um sexteto de deputados, metade por cá, outro tanto em Brasília. Mas é possível ser otimista em relação ao aumento da quantidade de deputados.

Mas, e quais as diferenças, passados quatro anos? Uma, cresceu bastante o total de recursos, de maneira que as campanhas puderam ser mais vistosas, inclusive barrando de forma mais efetiva os forasteiros. E outra, mais subjetiva, mais real, é a nominata.

Sim, respeitando bastante os outrora concorrentes, neste ano os partidos, aparentemente, capricharam mais. Tanto que se pode citar, sem constrangimento, meia dúzia, ou mais, de concorrentes com plenas condições de vitória.

O repórter se mantém otimista. Acredita em mais deputados santa-marienses eleitos. Mas, afinal, quantas são as opções disponíveis? São 32, entre disputantes a deputado estadual e federal.

Chances dos nomes locais até poderiam ser maiores. Isso, se…

Os números extraídos das urnas eletrônicas deste final de semana poderão ou não confirmar. Mas, antes mesmo de o eleitorado comparecer às seções eleitorais, e do otimismo declarado do colunista, como foi possível verificar no texto que abre esta página, duas situações poderiam tornar quem sabe significativamente maiores as chances dos candidatos locais. E isso tanto para a Assembleia quanto à Câmara.

Uma, já histórica, é o fato de as grandes agremiações, exceção feita ao PT (e à Federação Brasil da Esperança) e ao PP não apresentarem alternativas ao eleitorado, seja ao parlamento estadual ou ao federal.

Exemplos: (a) o MDB e a federação PSDB/Cidadania só apresentaram nomes para a Assembleia Legislativa. E (b) o PDT se dignou a ter apenas concorrente à Câmara dos Deputados. E isso somente entre os partidos com mais filiados em Santa Maria.

A outra situação é mais subjetiva, mas não menos importante: partidos e/ou lideranças graúdas simplesmente ignoram concorrentes da boca do monte, optando por candidatos d’alhures. Sim, não é ilegal, mas certamente não ajuda na formação de quadros e na ampliação das siglas em nível local.

Queixar-se, mais tarde, todos podem. Mas não busquem este guichê. Aqui está fechado.

Confira os 12 candidatos de SM com mais troco para a campanha

Como a coluna já havia antecipado há duas semanas, ao trazer dados do Fundão Eleitoral, muito mais que em pleitos anteriores, neste não faltou troco para a campanha dos locais. Foram pelo menos, até aqui, R$ 5,4 milhões – somados os candidatos à Assembleia e à Câmara. Para o leitor ter ideia, o colunista traz os 12 que mais arrecadaram.

Câmara – 1º – Paulo Pimenta (PT), R$ 1,927 milhão; 2º – Paulo Burmann (PDT), R$ 224 mil; 3º – Vinicius Brasil (PSol), R$ 196 mil; 4º – Maria Rita Py Dutra (PC do B), R$ 117 mil; 5º – Gerri Machado (Avante). R$ 112 mil; 6º – Jader Maretoli (PSC), R$ 73 mil.

Assembleia – 1º – Beto Fantinel (MDB), R$ 440 mil; 2º – Giuseppe Riesgo (Novo), R$ 419 mil; 3º – Werner Rempel (PC do B), R$ 366 mil; 4º – Tony Oliveira (Podemos), R$ 338 mil; 5º – Valdeci Oliveira (PT), R$ 236 mil; 6º – Paulo Ricardo (PSB), R$ 215 mil.

(*) No caso de Riesgo, inclusive por decisão partidária, o troco é totalmente privado.

Luneta

MENOS A TV

Passada a campanha eleitoral, a Câmara de Vereadores de Santa Maria promete a volta da normalidade no seu funcionamento. O que implica em retorno ao expediente em turno integral e as sessões tornando a acontecer na parte da tarde. Mas há algo que não se modifica: por conta do segundo turno, a TV Câmara continua silenciosa, no que toca ao pronunciamento dos parlamentares nas reuniões ordinárias.

TROCO MUNICIPAL

Como sempre, passou sem ser notada a audiência pública acontecida na segunda-feira, na Câmara, em que a prefeitura desnudou as contas da comuna, com o relato das metas fiscais do segundo quadrimestre de 2022. Depois, não adianta reclamar. Se bem que, dos próprios vereadores, apenas os integrantes da Comissão de Orçamento e Finanças compareceram. Menos mal que há a reunião disponível na internet.

TROCO MUNICIPAL II

Para quem não esteve no parlamento, nem viu na internet (entra no YouTube da Câmara e está lá, com os números todinhos), não custa dizer que a prefeitura, através de sua secretária de Finanças, Michele Antonello, garantiu que o município está apto “a honrar todos os compromissos assumidos”. E que o governo “garantirá as condições necessárias à estabilidade e ao controle do endividamento público”. Então, tá!

DERRADEIROS

Nem todos os candidatos ao Palácio Piratini neste domingo estiveram em Santa Maria, nessa campanha. Mas pelo menos dois vieram duas vezes. Um deles, o senador Luis Carlos Heinze, do PP, que cá esteve para roteiro na quarta-feira. Outro foi a representante do PSTU na disputa ao Governo do Estado, a professora Rejane de Oliveira, que cá compareceu para atividades ao longo da quinta-feira.

PARA FECHAR!

Com os dados disponíveis até o fechamento da coluna, parece muito improvável que não ocorra segundo turno na eleição para governador e presidente. De todo modo, em Santa Maria, que ninguém duvide, assim que as urnas se fecharem e o resultado se tornar conhecido, começa a campanha (ou pré) para o pleito municipal de 2024. Sim, caro leitor. Pode apostar. E a coluna refletirá isso já na próxima semana.

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